sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

[Claustrofóbico]

[Enjaulado.]
[O Cárcere]
[Encarcerado no]
[Próprio lar.]
[Me tira daqui!]
[Me livra daqui!]
[Me leva pra] lá...

Onde o cinza
É belo

E a chuva se une às ondas do mar...

terça-feira, 14 de novembro de 2006

L cun

Esp ço v go, deliber d mente n~o preechível.

Muit s vezes, precis -se peder p ra perceber o insubstituível.
A f lta p rticul r e própria do que f zia p rte de nossa vid .

N~o que se desestruture o todo,
Como perfeita que é,
A vida sempre
Se reestrutur
Por si
Só.

M s os espaços fic m
E m rc m
E n~o des p recem,
N~o mesmo.

Nunca um esp ço encontra um preenchimento igu l.
Construções diferentes se a greg m sempre.

M s nunca igu is

igu is nunc

Nunca
Igu is


Nunk =

NuncA iguAis.

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Complicação filosófica

"Tava cagando no mato
De repente veio uma pedra
A pedra pegou na bunda
A bunda pegou na merda".

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Reiterando: O Outono

I

Como uma pintura impressionista.
Um céu de nuvens esvoaçantes,
Com o vento soprando folhas amareladas
Rumo a mudança.

Em uma dança rítmica,
Emparelhadas e ao mesmo tempo caóticas.
Caindo ao acaso,
Mas sem medo.

As folhas vão virando.
Então revirando,
Rumo a lugar algum.

Planando simplesmente,
Como fadas, abrindo espaço ao Novo
Ao Belo que ali haveria de nascer.

II

As crianças
Brincando no parque aquela tarde,
Assistiam ao espetáculo maravilhadas,
Como se cada uma daquelas folhas pudessem ser.

O Sol com seu brilho alaranjado ao fundo,
Pouco fraco, mas ideal,
Completava a ambientação
E Corava as feições.

III

Ao fim da tarde o vento cessara,
O Sol já ia se pondo,
As crianças recolhiam-se aos lares
E o Carnaval dos confetes
Ia chegando ao fim.

Apenas restara um tapete de folhas
Cobrindo a grama verde e
Um Menino sentado.

Despedindo-se do Outono,
Pronto para o Inverno,
Mas ansioso pela Primavera

Quando todas as flores germinavam
E um novo espetáculo de cores
Alegrava sua alma.

sexta-feira, 5 de maio de 2006

MunDano...

Ajeita a agulha aí!...

Na ampola:...
O santo a pinga...
O sexo a fumaça o sono...
O sangue...
Pra misturá no Sangue...

Fica bom,...
Vai por mim!...

Agora,...
Roda!...

Deixa o vinil rodá!!...
Quando pará...

Parô




Talvez,...
Nem perceba...

Qualqué coisa...
Dá uma pancada...

Aí vai!...


domingo, 2 de abril de 2006

Duas Luas no jardim da razão

As Luas refulguravam
De um brilho intenso e distante
E por isso frio

Da terra

Encantava-me a do céu
Embriagava-me a do mar

Em pedaços

Metade minha pairou no céu
Metade minha depositou-se no mar


À razão

Retorno ao lar
A companhia da solidão
Ou seria a loucura da razão?

sexta-feira, 17 de março de 2006

Dordemente

Mente
Normalmente
A mente
Dormente

Ordem
Demente

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

"O homem que não estava lá"

Os olhares cinzas cortam o ar como navalha, sem ruído, silenciosamente letais.
Avaliam cada segundo, cada seguinte, detalhista ao tempo e espaço.
Focados.

Por isso prefiro os olhares vazios.

Perdidos,

Sem cor; concentrados no atemporal da alma, no indizível do sentir.
Tão absurdamente repleto ...

O inclassificável olhar vazio.

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Uma névoa branca cobria os rostos enublados de fumo.
Todos falavam muito alto, talvez pela embriaguez de suas vontades,
Talvez pela vontade de embriaguez.

Perguntava-me se por algum momento ouviam-se.
Então, falava baixo.