segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Reiterando: O Outono

I

Como uma pintura impressionista.
Um céu de nuvens esvoaçantes,
Com o vento soprando folhas amareladas
Rumo a mudança.

Em uma dança rítmica,
Emparelhadas e ao mesmo tempo caóticas.
Caindo ao acaso,
Mas sem medo.

As folhas vão virando.
Então revirando,
Rumo a lugar algum.

Planando simplesmente,
Como fadas, abrindo espaço ao Novo
Ao Belo que ali haveria de nascer.

II

As crianças
Brincando no parque aquela tarde,
Assistiam ao espetáculo maravilhadas,
Como se cada uma daquelas folhas pudessem ser.

O Sol com seu brilho alaranjado ao fundo,
Pouco fraco, mas ideal,
Completava a ambientação
E Corava as feições.

III

Ao fim da tarde o vento cessara,
O Sol já ia se pondo,
As crianças recolhiam-se aos lares
E o Carnaval dos confetes
Ia chegando ao fim.

Apenas restara um tapete de folhas
Cobrindo a grama verde e
Um Menino sentado.

Despedindo-se do Outono,
Pronto para o Inverno,
Mas ansioso pela Primavera

Quando todas as flores germinavam
E um novo espetáculo de cores
Alegrava sua alma.