quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

Angústia (pós-moderna?)

Começa tudo como um simples juramento.
Cai do alto que nem repente solto.

- Toque a terra empurrado pelo vento.
- Quique no chão arrependido e quase morto.
- Caminhe parco vazio e remelento.

Rodopiam-se os sonhos suicidando-se da ponte do destino.
Cambaleiam num pé voando como dançarinos.

O tempo amofina.
O sangue corre
Rotinado e sem cor.

Gritei ao filho que não remediava.
Clamei ao pai que se quer me escutava.

Carreguei minhas saudades pelos braços...
pesados desprazeres, muito mais com embaraços...

Esvaindo-se a fé, aumenta-se o tormento.

Ao fim,
tudo não passa
de um lustroso e sedutor
Descontentamento.

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