segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Cinzas dos dias

Ultimamente Todos têm corrido cinza.
Não um cinza cor.
Um cinza ausência de cor.

Um Mundo todo cimentado
Coberto pelas cinzas do cigarro mais vagabundo.

De vez em quando voam e deixam tudo meio enevoado.
Com um ar tão seco e rascante que dói de respirar.
Sabe Árido?

É de enlouquecer
Como esses dias cinzas passam. E
Espalham as suas.

Duma desesperança passageira,
Entre os dias pálidos
Como a das horas
Derradeiras de Manuel Bandeira.

2 comentários:

Anônimo disse...

"...Seus olhos embotados de cimento e lágrima..."

(Construção - Chico Buarque)

Anônimo disse...

Bem vindo à grande cidade!

Bem vindo à grande idade:
a da solitária maioridade.

O mundo é cinza pros desesperados desesperançosos. Saber ver cor no meio desse turbilhão de cinzas é uma arte por si própria.