Quando eu morrer não quero choro nem vela Quero uma fita amarela gravada com o nome dela Se existe alma, se há outra encarnação Eu queria que a mulata sapateasse no meu caixão Não quero flores, nem coroa de espinho Só quero choro de flauta, violão e cavaquinho Estou contente consolado por saber Que as morenas tão formosas a terra um dia vai comer Não tenho herdeiros, não possuo um só vintém Eu vivi devendo a todos mas não paguei nada a ninguém Meus inimigos que hoje falam mal de mim Vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim Quero que o sol não visite o meu caixão Para a minha pobre alma não morrer de insolação
3 comentários:
Vida
Certo Corte
Morde Sorte
Dorme Temor
...
Fita amarela
(Noel Rosa)
Quando eu morrer não quero choro nem vela
Quero uma fita amarela gravada com o nome dela
Se existe alma, se há outra encarnação
Eu queria que a mulata sapateasse no meu caixão
Não quero flores, nem coroa de espinho
Só quero choro de flauta, violão e cavaquinho
Estou contente consolado por saber
Que as morenas tão formosas a terra um dia vai comer
Não tenho herdeiros, não possuo um só vintém
Eu vivi devendo a todos mas não paguei nada a ninguém
Meus inimigos que hoje falam mal de mim
Vão dizer que nunca viram uma pessoa tão boa assim
Quero que o sol não visite o meu caixão
Para a minha pobre alma não morrer de insolação
Bem Leminski, mesmo!
a inversão, perfeita!!
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